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Marta: salário, idade e história da jogadora da seleção brasileira


Relembre trajetória da Rainha, que disputará sua última Copa do Mundo: eleita melhor do planeta por seis vezes, maior artilheira da história dos Mundiais e da seleção brasileira
Marta foi campeã dos Jogos Pan-Americanos de 2007, no Rio de Janeiro — Foto: Getty Images Por: Soares Filho | 11/07/2023 12:56

Considerada a maior jogadora de futebol de todos os tempos, Marta se prepara para disputar sua última Copa do Mundo, a partir do dia 20, com a seleção brasileira. A camisa 10, que já foi eleita a melhor do planeta em seis oportunidades, busca aos 37 anos de idade uma conquista inédita para a equipe na reta final de sua carreira, que começou há mais de duas décadas.

Marta Vieira da Silva nasceu na cidade de Dois Riachos, no estado de Alagoas, em 19 de fevereiro de 1986. Foi criada pela mãe, Tereza da Silva, junto aos três irmãos, Ângela, José e Valdir - o pai deixou a família quando Marta ainda era um bebê. A infância humilde no interior alagoano foi marcada pelo desejo de jogar futebol.

Apesar da resistência do irmão José, Marta sempre se colocava entre os meninos na disputa pela bola. Pulava o muro da escola e fugia para o campinho, onde atuava descalça, sem temer as divididas. A brincadeira de criança começou a ganhar ares de uma maneira de mudar de vida quando teve contato com uma escolinha de futsal comandada por Seu Tota, seu primeiro treinador.

Tota colocava Marta para treinar junto aos meninos, cenário em que ela mostrava seu talento diferenciado, a ponto de tentar disputar um torneio na cidade vizinha, Santana de Ipanema. Porém, acabou proibida de jogar por uma mudança de regulamento, que passou a permitir apenas a participação de meninos na competição.

Após conciliar treinamentos com pequenos bicos para ajudar a família, vendendo sacolé (geladinho) e carregando compras em uma feira, Marta viu no horizonte sua grande chance. Mas muito longe de Dois Riachos - a aproximadamente 2 mil quilômetros de distância.

Em 2000, aos 14 anos, Marta decidiu entrar em um ônibus rumo ao Rio de Janeiro para fazer um teste no Vasco, que buscava talentos para sua equipe feminina. Buscou ajuda com amigos, que fizeram uma vaquinha para a alimentação da jovem no longo trajeto. E chegou à Cidade Maravilhosa.

Primeira vez como Melhor do Mundo

 

No Vasco, conheceu a técnica Helena Pacheco, que seria sua mentora no clube e fora dele. O período no Rio durou até 2003, quando o time feminino profissional do Vasco foi encerrado. Helena Pacheco, porém, buscou novas equipes para a talentosa jovem e conseguiu uma chance no Santa Cruz, de Minas Gerais. Foi a camisa do clube mineiro que ela jogou sua primeira Copa do Mundo feminina, ainda em 2003, quando marcou três gols em quatro jogos.

á tendo o futebol como profissão e grande esperança para a vida, Marta recebeu aos 18 anos outra grande chance: jogar na Europa, onde o futebol feminino já tinha maior destaque e estrutura. Aceitou uma oferta do Umea IK, da Suécia, onde chegou em 2004 - e permaneceria por cinco anos, fazendo do país uma nova casa.

Naquele ano, Marta também deu o primeiro passo para sedimentar o caminho que a transformaria na Rainha do Futebol. A camisa 10 explodiu para o mundo usando as cores da seleção brasileira nas Olimpíadas de Atenas, em 2004 - um marco para o futebol feminino no Brasil, ainda com estrutura precária. Ali, ela já começava a se transformar em ídolo para o povo brasileiro. Dois anos depois, graças ao brilho nos gramados suecos, Marta chegou ao topo do mundo: foi eleita pela primeira vez a melhor jogadora do planeta.

GE.GLOBO



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