Nas últimas semanas, municípios de Mato Grosso do Sul vem batendo recorde de temperaturas mais elevadas no ano. No último domingo (17), Pedro Gomes, município localizado na região norte, atingiu a maior temperatura anual do Estado, com termômetros que chegaram a marcar 40,7ºC.
Nesta terça-feira, Porto Murtinho está na lista das cidades mais quentes do Brasil, divulgada pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), com 38,9 ºC registrados durante o dia.
O município, localizado no sudoeste do Estado, ficou em 12º no ranking do Inmet, liderado pela cidade de Balsas, no Maranhão, que registrou 40,4ºC.
Nos próximos dias, a situação tende a piorar e as máximas podem chegar a 43ºC em Mato Grosso do Sul, segundo informações do Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec).
Com esse bloqueio, Mato Grosso do Sul pode enfrentar, no finalzinho do inverno, a maior temperatura do ano.
A temperatura mais elevada do Estado foi registrada na região norte de Mato Grosso do Sul, em Pedro Gomes, com 40,7°C, no dia 17 de setembro de 2023. Na mesma data, Água Clara e Porto Murtinho registraram, respectivamente, 40,6°C e 40,3°C.
Aliado à previsão de altas temperaturas, esperam-se ainda baixos valores de umidade relativa do ar, que podem variar entre 10% e 20%, com destaque nas regiões Pantaneira, Sudoeste e Norte do Estado.
Segundo o médico e responsável clínico pelo Centro de Informação e Assistência Toxicológica (Ciatox), Alexandre Moretti de Lima, a baixa umidade relativa do ar acarreta riscos à saúde e pode resultar, principalmente, em doenças respiratórias e virais.
“Isso impacta nas doenças respiratórias, como rinite, sinusite e, às vezes, até pneumonia. É um grande risco para a saúde, principalmente para a saúde respiratória. Além disso, também aumenta a chance de doenças virais. Os vírus predominam nessa situação”.
Além dos impactos causados pelos baixos índices de umidade do ar, as altas temperaturas ainda somam perigos para a saúde como um todo.
“Ela vai gerar um risco de maior insolação, queimadura aguda e desidratação, principalmente na pele. Quando a gente perde líquido, perde também eletrólitos e corre o risco de sofrer arritmia cardíaca, alteração da condição cardíaca e morte”.
Dentre os cuidados para cuidar da saúde durante a onda de calor em Mato Grosso do Sul, o Cemtec orienta beber bastante líquido e evitar exposição ao sol nos horários mais quentes e secos do dia. Além disso, o médico Alexandre Moretti destaca que todo excesso deve ser evitado, seja ele de calor ou de frio.
“Como a gente não consegue mudar a natureza, devemos evitar sair durante esses períodos, evitar os picos de altas temperaturas e exercícios extenuantes, assim como buscar sombras, tomar bastante líquido, usar roupas leves e ficar sempre em lugares frescos e ventilados”.
Para driblar os baixos índices de umidade do ar e as doenças respiratórias em meio às ondas de calor, o médico indica manter os ambientes úmidos com umidificadores de ar ou baldes de água. Banhos demorados e muito quentes também devem ser evitados, visto que a pele também tende a ficar mais seca e desidratada.
CORREIO DO ESTADO