O gás liquefeito de petróleo (GLP) sofreu dois reajustes nas refinarias da Petrobras neste ano, acumulando alta de 11,1% em 2021.
São 12 aumentos consecutivos no preço do gás de cozinha desde maio do ano passado. Em Mato Grosso do Sul, o botijão com 13 quilos já ultrapassa a barreira de R$ 100.
Dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) apontam que o preço médio praticado no Estado é o maior desde o início do Plano Real.
Conforme pesquisa realizada pela reportagem do Correio do Estado em cinco municípios de MS, o menor preço é praticado em Campo Grande, onde o gás vai de R$ 70 a R$ 90.
Já o maior preço é praticado em Coxim, onde o botijão com 13 kg custa entre R$ 95 e R$ 105.
Comerciante de Coxim, Sandro Beltrame Barbosa explica que com os aumentos consecutivos o revendedor não tem como deixar de repassar para o consumidor final.
“As vendas estão bem reduzidas com esses aumentos. Se a gente não repassar para os clientes, a revenda de gás quebra. Enquanto isso, estamos pagando um monte de impostos, assim fica difícil”, diz o comerciante.
Ainda de acordo com a pesquisa, em Dourados, o gás de cozinha varia entre R$ 75 e R$ 88; em Três Lagoas vai de R$ 75 a R$ 85; e em Corumbá o menor preço praticado é de R$ 90 e o maior valor é de R$ 98. O levantamento foi realizado por telefone nesta quarta-feira (10).
Na terça-feira (9), passou a valer o último reajuste anunciado pela Petrobras, de 5,1% no GLP – R$ 0,14 a mais por quilo.
Assim, o botijão de 13 quilos passou de R$ 35,98 para R$ 37,79 nas refinarias. De acordo com os revendedores ouvidos pela reportagem, tanto para o revendedor quanto para o consumidor o aumento é de R$ 3.
No dia 6 de janeiro, a estatal anunciou aumento de 6% nos preços praticados nas refinarias da Petrobras.
De acordo com a estatal, “os preços de GLP praticados pela Petrobras seguem a dinâmica de commodities em economias abertas, tendo como referência o preço de paridade de importação, formado pelo valor do produto no mercado internacional mais os custos que importadores teriam, como frete de navios, taxas portuárias e demais custos internos de transporte para cada ponto de fornecimento”, informou.