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Ordenado o despejo de indígenas de propriedade em Douradina


Clima tenso marca ocupação de área reivindicada por indígenas como parte da aldeia Panambi/Lagoa Rica
De um lado, grupo de indígenas, e de outro produtores rurais que tentam impedir a ampliação de ocupações Por: Soares Filho | 25/07/2024 15:29

O juiz federal Rubens Petrucci Junior estabeleceu um prazo de cinco dias para que os indígenas guaranis-kaiowás deixem a propriedade que ocupam desde o dia 14 deste mês, no município de Douradina. A decisão tem gerado tensão no local.

No documento assinado pelo magistrado, é solicitada atenção especial do governador Eduardo Riedel e uma mobilização efetiva da Polícia Militar para garantir o despejo dos indígenas do sítio "José Dias Lima", uma área de 147,7 hectares localizada na MS-470, rodovia que liga Douradina ao município de Itaporã. As infomrações são do site Dourados Agora. 

Conforme o documento, aproximadamente 50 indígenas estão acampados na propriedade, onde montaram barracos e têm impedido o acesso de outras pessoas ao local. A situação tem causado preocupação entre moradores e produtores da região.

O juiz Rubens Petrucci Junior relata que a propriedade rural mencionada possui um total de 2 mil hectares e foi identificada pela Funai, em 2011, como parte da aldeia Panambi/Lagoa Rica. No entanto, o processo de demarcação da terra indígena está parado na Justiça, complicando ainda mais a situação.

A disputa por terras na região não é um problema recente. Na semana passada, uma reunião entre indígenas e produtores rurais terminou sem acordo, sendo discutida a possibilidade de permuta de terras como uma possível solução para o conflito. Municípios como Douradina e Caarapó têm sido palco frequente de disputas por terras entre indígenas e produtores, gerando um clima de incerteza e tensão constante.

A decisão judicial de despejo vem num momento delicado, com a necessidade de se encontrar uma solução que respeite os direitos dos indígenas e assegure a paz na região. O prazo dado pelo juiz para a saída dos indígenas termina na próxima semana, e a expectativa é de que as autoridades possam atuar de forma a evitar confrontos e garantir a segurança de todos os envolvidos.

Soares Filho (Redação)



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