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Com investimento de R$ 1 Bi, Copasul iniciará em Março obra da Indústria de Processamento de Soja


Anúncio foi feita nesta sexta-feira, (31) pela diretoria da Cooperativa.
Coletiva de Diretores da Copasul. Foto Soares Fiilho Por: Soares Filho | 31/01/2025 18:24

A Copasul deve iniciar as obras de implantação da Indústria de Processamento de Soja até abril. A informação foi repassada nesta manhã (31) em coletiva de imprensa realizada em Naviraí e que contou com jornalistas de dez veículos da imprensa local. A convocação aconteceu como forma de criar mais um marco na consolidação do maior empreendimento da história da cooperativa que atualmente conta com 13 unidades de silos, 2 indústrias, TRR, centro de distribuição de insumos e unidades administrativas.

“A implantação da Indústria de Processamento de Soja já iniciou há algum tempo, com projeto, financiamentos. Neste momento já temos confirmados os pedidos de mais de 50% das contratações das estruturas com mais de R$ 500 milhões de reais destinados. Com isso, temos datas para que os primeiros movimentos aconteçam lá no terreno, como a terraplanagem que está prevista para o mês abril, o mais tardar. Por isso, acreditamos que vale a pena comunicar oficialmente esta fase do projeto para a imprensa, para o poder público e para a comunidade de Naviraí. Acredito que vai ter impactos para a cidade e é bom estarmos alinhados. Quanto mais planejado for a cidade só tem a ganhar. E por isso convidamos todos aqui neste momento”, destacou o presidente executivo da Copasul, Adroaldo Taguti, porta-voz da coletiva, lembrando que os primeiros estudos para implantação da indústria aconteceram em 2014.

Taguti explicou ainda as fases do projeto. “Estruturamos o projeto em duas etapas. Primeiro a adequação da capacidade estática para recebimento de grãos da cooperativa. Fizemos um investimento de R$ 400 milhões para adequar esta capacidade que agora temos 15,7 milhões de sacas de capacidade divididas entre as 13 unidades em 9 municípios. Agora, partimos para este empreendimento”, completou.

O porta-voz destacou que a tecnologia para a indústria é o que tem de mais moderno no mundo. Todas as versões mais atualizadas dos equipamentos de automação e do processamento serão aplicados pelas empresas contratadas, refletindo uma posição estratégica da Copasul que sempre esteve alinhada com as tendências tanto para silos, Fiação, Fecularia, quanto para os demais processos dentro da cooperativa.

O presidente do Conselho de Administração, Gervasio Kamitani, reforçou que a indústria demandará uma quantidade de soja semelhante a capacidade estática da Copasul. “Todos que acompanham a Copasul têm visto os empreendimentos que a cooperativa faz na cidade de Naviraí, muito por ser aqui a sede. Mas, a exemplo da inauguração desta semana, o silos em Maracaju, todo o investimento em armazenagem de grãos que foi feito recentemente é voltado para esta indústria, ou seja, a soja virá não só de Naviraí, mas de toda uma rede de recebimento”, disse.

Autoridades municipais

A Copasul fez questão que os representantes da Prefeitura de Naviraí e da Câmara Municipal estivessem presentes durante o pronunciamento. Participaram da coletiva o presidente da Câmara de Vereadores de Naviraí, Daniel Moretto, e representando a Prefeitura, o gerente da pasta de Desenvolvimento, senhor José Leal, o ‘Mano’.

José Antônio Leal, Gerente de Desenvolvimento do município, representou o prefeito Rodrigo Sacuno e destacou que a Copasul pode contar com o Administrativo Municipal na busca pelo cumprimento dos objetivos relativos ao empreendimento.

“A demanda que esta obra vai gerar será um grande desafio, mas costumo dizer que se vamos chorar será de alegria. O adiantamento destas informações e o alinhamento entre a cooperativa e o município é muito importante. Vamos nos adequar para que tudo isso seja favorável para Naviraí. Vamos empenhar nossas forças para que isso aconteça com a maior normalidade possível”, disse.

Presidente da Câmara, vereador Daniel Moretto, parabenizou a Copasul pela implantação de um sonho do fundador da cooperativa, senhor Sakae Kamitani. “É um sonho do seu Sakae e de toda a Naviraí. Agradecemos a Copasul e todos os envolvidos, como o Governo do Estado, com esse esforço para que nossa cidade possa se desenvolver. É muito importante esta coletiva para que todos sintam-se pertencentes a um projeto que vai ser extremamente importante para todos os naviraiense, vamos arregaçar as mangas junto com a Copasul para dar exemplo de planejamento”, disse.

Presidente da Associação Comercial de Naviraí, Natael Oriente, mencionou o grande impacto financeiro que a Indústria de Soja trará para o município, sobretudo para o comércio, e colocou a ACEN à disposição para ajudar a construir este futuro que está próximo principalmente em relação a necessidade de mão de obra. “Parabéns pela iniciativa e pelo grande investimento da Copasul. Já nos colocamos à disposição para ajudar. Temos uma agenda na Capital na próxima semana e estamos à disposição para já levar demandas de treinamentos, capacitações para que tenhamos mão de obra no município. Estamos com um grande desafio já para todos os setores que é a mão de obra, não só aqui, mas em todo o MS e no Brasil, e creio que não será diferente, mas vamos enfrentar o desafio juntos que vai dar certo”, disse.

Após pronunciamento oficial da Copasul, os jornalistas puderam fazer perguntas relativas à implantação da indústria e aos preparos do governo municipal para receber tamanho empreendimento.

 


Números da indústria

A Unidade de Processamento de Soja da Copasul ficará localizada o terreno ao lado da Fecularia da cooperativa às margens da Rodovia BR 163, Km 142,5, em Naviraí, Mato Grosso do Sul. São 115 hectares de propriedade da cooperativa. A Unidade vai gerar 150 empregos diretos e processar 1 milhão de toneladas do grão por ano. Quando estiver em operação, a fábrica deve adicionar perto de R$ 3 bilhões à receita anual da cooperativa.

Em âmbito estadual, o projeto entra em consonância com a visão do Governo de MS de incentivar a agroindustrialização e agregar valor às commodities locais, além de ser um empreendimento de grandes proporções para a economia regional.

A indústria terá capacidade de processamento de soja de 3.000 toneladas/dia (50 mil sacas de soja por dia, sendo 16,5 milhões de sacas no ano). A área construída será de 55.000 metros quadrados, sendo as principais estruturas para a operação desse empreendimento: prédios de preparação e extração do óleo e farelo – 3.000 toneladas/dia, armazenagem para SOJA: 150.000 toneladas, FARELO: 70.000 toneladas, ÓLEO DEGOMADO BRUTO: 10.000 toneladas, CASCA: 3.624 toneladas; caldeira de 50 ton/hora para Vapor Saturado de 15 Bar.

As estruturas de apoio serão: estacionamento para caminhões, escritório, refeitório, vestiários, laboratório, oficinas de manutenção, pátio de biomassa, balanças rodoviárias, embarque de farelo e óleo, estação de tratamento de efluentes e subestação de entrada em alta-tensão.

A Unidade Industrial de Processamento de Soja vai gerar empregos:
- Empregos na implantação do projeto – 1.500 entre diretos e indiretos
- Empregos Diretos – 150 colaboradores
- Empregos Indiretos – 1.897 (estimativa APROSOJA para cadeia da soja 12,65 indiretos para cada 1 direto)
Uma geração de renda, em salários, da ordem de R$ 4,2 milhões por ano.

O empreendimento vai adicionar cerca de R$ 3 bilhões ao PIB de Mato Grosso do Sul e recolher:
- ICMS – R$ 220 milhões
- PIS/Cofins – R$ 63 milhões
- IR e CSLL – R$ 12 milhões

A indústria terá capacidade para processar 3 mil toneladas de soja por dia, ou cerca de 1 milhão de toneladas/ano, transformando o grão em 742,5 mil toneladas de farelo de soja, 188 mil toneladas de óleo degomado bruto e 25 mil toneladas de casca peletizada. Entre os principais destinos para os produtos estão a fabricação de biodiesel, de rações e refino de óleo, além do mercado de exportações.

A indústria consumirá 39.240 Mwh/ano e 134.640 toneladas/ano (550 ha de eucalipto/ano) de cavaco. A unidade representará um aumento de 20% da capacidade de processamento de soja pelo estado de Mato Grosso do Sul, que vai saltar das atuais 14,5 mil toneladas para 17,5 mil toneladas diárias.
Soares Filho e Assessoria



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