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Simone Tebet admite disputar vaga ao Senado em 2026


A ministra afirmou que uma possível candidatura vai depender do presidente Lula. Se ele pedir para que continue no ministério, permanecerá
Simone Tebet afirmou que vai apoiar a reeleição do governador tucano Eduardo Riedel Por: Soares Filho | 13/03/2025 08:56

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, assegurou que não será candidata ao governo do Mato Grosso do Sul em 2026 e que pretende permanecer até o fim do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas não descartou uma candidatura ao Senado.

"Sou candidata a continuar servindo o Brasil", disse a ministra, em entrevista exibida pela GloboNews na noite da quarta-feira, 12. "Faço política porque eu devo isso ao Brasil. Então, com cargo ou sem cargo, de forma objetiva, não sou candidata ao governo do Estado. Apoio a reeleição do governador Eduardo Riedel pelo excelente trabalho que está fazendo lá."

Na sequência, ao falar sobre o futuro, Tebet disse que planeja ficar no governo. "Se o presidente Lula falar assim: 'Eu preciso que você continue no ministério até o final', eu vou continuar no ministério." A ministra afirmou que se sente muito feliz em fazer algo que a move.

Ainda que sem demonstrar empolgação com a ideia, Tebet colocou no radar a possibilidade de voltar ao Senado. "Se houver necessidade de fortalecimento no Senado de partidos de centro, centro-esquerda, centro-direita, direita, sem os extremos, e isso exigir de mim uma possível candidatura ao Senado Federal - hoje não é o que me move, não é o que meu coração me pede -, eu farei", afirmou.

PREÇO DOS ALIMENTOS

 A ministra disse que acredita na redução dos preços de muitos alimentos nos próximos 30 dias. Ao ser questionada pela jornalista Miriam Leitão, se os alimentos vão ficar mais baratos ou não vão subir tanto quanto no ano passado, a ministra respondeu positivamente, de maneira geral.

Sobre a redução para zero do imposto de importação de diversos produtos, incluindo a carne, Tebet disse que a medida pode ter efeito "meio que moral", levando produtores a aumentar a oferta e a reduzir preços para defender posições no mercado doméstico frente à competição estrangeira.

"A própria carne, embora falem assim 'nós somos exportadores', há um efeito assim meio que moral. Opa, se está isenta a importação de carne, ao invés de só exportar tanto, vou deixar um pouco mais para o mercado nacional. Com isso, baixo o preço para evitar a concorrência de fora", afirmou a ministra. "Há um conjunto de fatores que vão mostrar que nos próximos 30 dias muitos produtos vão começar a baixar de preço."

EMENDAS PARLAMENTARES

Na entrevista, a ministra fez críticas ao crescimento descontrolado das emendas parlamentares, que podem virar "um caso de polícia".

"Eu já vi essa história antes, eu já vi esse filme antes. Não sou contra as emendas parlamentares, acho que elas são saudáveis Neste patamar que sou contra", afirmou. Segundo Tebet, em nenhum outro lugar do mundo o Parlamento tem tantos recursos quanto o Executivo para investimentos.

É preciso, segundo a ministra, encontrar um maior equilíbrio em relação às emendas, sob o risco de a situação atual levar a um cansaço da população brasileira com a classe política.

Nesse sentido, Tebet disse que sua maior preocupação para as eleições do ano que vem é com o surgimento de candidatos de fora da política tradicional. "Não tenho medo da direita ou da esquerda tradicional, tenho medo de um outsider, que vem com ideias mirabolantes de um mundo totalmente distópico."

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