Mato Grosso do Sul é o estado onde um jovem nascido em uma família pobre tem mais chance de alcançar o topo da pirâmide social no Brasil, segundo o novo Atlas da Mobilidade Social — lançado pelo IMDS (Instituto Mobilidade e Desenvolvimento Social).
Segundo o levantamento, a chance de alguém nascido entre os 25% mais pobres do Estado chegar ao grupo dos 10% mais ricos é de 2,9%. O índice é o mais alto entre todas as unidades federativas.
A média nacional, por outro lado, é de que 1,8% dos brasileiros em situação semelhante conseguem esse salto econômico. Em estados das regiões Norte e Nordeste, os percentuais são ainda mais desiguais. Em Alagoas, por exemplo, a chance de ascender ao “topo” é de apenas 1%. Pará e Amazonas têm 1,1%.
No topo do ranking, Mato Grosso do Sul é seguido de perto por Distrito Federal e Goiás, ambos com 2,8%.
Mesmo com MS liderando o ranking nacional de mobilidade social, o índice de 2,9% ainda é modesto quando comparado a países com maior igualdade de oportunidades, onde as chances podem ultrapassar os 10%.
No Brasil, mesmo nos estados com melhor desempenho, a maioria das pessoas permanece presa às condições econômicas em que nasceu. Em MS, apesar dos avanços, a pobreza ainda atinge milhares de famílias, especialmente nas periferias urbanas e em áreas rurais.
Segundo dados do IBGE, cerca de 2% da população sul-mato-grossense vive em extrema pobreza, com menos de US$ 2,15 por dia (cerca de R$ 12, conforme cotação recente). Já em situação de pobreza estão cerca de 19,3%, aqueles que vivem aproximadamente com R$ 38 por dia.
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