Mato Grosso do Sul ocupa a primeira posição no ranking nacional de feminicídios, conforme dados do Lesfem (Laboratório de Estudos de Feminicídios). A taxa é calculada por 100 mil mulheres em cada estado da federação, colocando o estado no topo da triste estatística.
Em 2024, foram registrados 35 feminicídios em Mato Grosso do Sul, sendo 11 deles na Capital, Campo Grande. O último caso em Campo Grande envolveu Vanessa Eugênia e sua filha Sophie, de apenas 10 meses, assassinadas em 26 de maio. Na cidade de Corumbá, a auxiliar de enfermagem Eliane Guanes morreu no dia 6 de junho após ter o corpo queimado.
O estado lidera o ranking com uma taxa de 12,6%, seguido por Mato Grosso (11,6%) e Rondônia (11,3%). Em seguida aparecem Acre (8,9%) e Roraima (7,1%). O levantamento analisou casos de janeiro a dezembro de 2024.
De acordo com o estudo, 1.859 mulheres foram vítimas fatais de feminicídio em todo o país, enquanto 2.286 sofreram tentativas desse tipo de crime. O domingo é o dia da semana com maior incidência de feminicídios, seguido pelo sábado.
Quanto às armas utilizadas, as armas brancas, como facas e canivetes, são as mais frequentes, com 774 casos, enquanto armas de fogo aparecem em segundo lugar, com 391 ocorrências.
Dados da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sejusp) reforçam a gravidade da situação. Entre janeiro e maio de 2024, foram 13 feminicídios registrados em Mato Grosso do Sul, sendo três em Campo Grande e os demais em municípios do interior.
A situação exige atenção e políticas públicas eficazes para a prevenção e combate à violência contra a mulher no estado.
Capital News