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Em MS direita se une contra prisão de Bolsonaro


Eduardo Riedel e Reinaldo Azambuja exibiram bandeira com Jair Bolsonaro. (Foto: Marcos Maluf) Dividindo o palco com Valdemar da Costa Neto (dirigente nacional do PL. Por: Soares Filho | 23/11/2025 20:06

A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que decretou neste sábado (22) a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro, desencadeou forte reação entre diversas lideranças da direita sul-mato-grossense, que se manifestaram de forma quase unânime e firmaram críticas à decisão do magistrado.

De modo geral, a medida desencadeou repúdio da ala defensora do ex-presidente nas redes sociais, e provocou reações entre senadores, deputados federais, vereador e até mesmo o governador Eduardo Riedel (PP), que assim como os demais, contestou a decisão de Moraes. 

O governador lamentou a prisão preventiva e manifestou solidariedade ao ex-presidente, ressaltando que Bolsonaro possui comorbidades e demanda cuidados especiais de saúde.

Em suas redes sociais, Riedel afirmou que a decisão foi tomada em momento inadequado, já que o processo ainda não teve todos os recursos esgotados, e reforçou que a situação aumenta a polarização política no país.

Para o governador, o Brasil precisa de paz e segurança jurídica para enfrentar seus problemas reais e avançar rumo ao desenvolvimento desejado pela população.

Por sua vez, o deputado federal Luiz Ovando (PP) disse em suas redes sociais que a ordem de prisão representa “profunda perplexidade” e acende um alerta sobre o estado das garantias constitucionais no país.

Ovando destacou o histórico clínico de Bolsonaro, lembrando múltiplas cirurgias abdominais, episódios de vômito e limitações físicas severas, e reforçou que, sob qualquer critério técnico, não haveria fundamento para retirá-lo do regime domiciliar.

O parlamentar afirmou que, ao agir dessa forma, a Justiça produz “insegurança e humilhação”, afastando-se de seus próprios princípios, e concluiu que a medida apenas aprofunda feridas políticas, em vez de contribuir para a pacificação nacional.

No Senado, as manifestações seguiram linha semelhante. Nelsinho Trad (PSD) afirmou que a questão não deveria ser tratada como disputa ideológica entre esquerda e direita, mas como um debate sobre respeito aos direitos de qualquer cidadão.

Quando uma prisão preventiva acontece em condições que levantam dúvidas sobre proporcionalidade e clareza, algo ultrapassa a política. Isso não é assunto de esquerda, direita ou centro — é sobre garantir que todo cidadão tenha seus direitos respeitados.

— Senador Nelsinho Trad (@nelsinhotrad) November 22, 2025

Já a senadora Tereza Cristina (PP) classificou a ação do STF como “inesperada e abusiva”, apontou fragilidade no estado de saúde de Bolsonaro e prestou solidariedade ao ex-presidente e sua família, defendendo a necessidade de estabilidade institucional e rigor no devido processo legal.

Entre os deputados federais, o tom se elevou. Rodolfo Nogueira (PL), conhecido como “Gordinho do Bolsonaro”, afirmou que “a perseguição desse ditador passou de todos os limites”, compartilhando manchetes e alegando que a prisão teria ocorrido por causa de uma simples “vigília de oração” organizada em frente ao condomínio onde o ex-presidente reside.

No legislativo municipal, o vereador campo-grandense Rafael Tavares (PL) também criticou a decisão, publicando mensagens de apoio e um vídeo no qual sugere que a prisão possui simbolismo político semelhante ao da multa de R$ 22 milhões aplicada ao PL.

Tavares ironizou os fundamentos apresentados e declarou que Bolsonaro estaria sendo alvo de perseguição política, afirmando ainda que a esquerda cairá “mais rápido do que imagina” e que o ex-presidente “não roubou ninguém”.

A postura mais categórica veio do deputado federal Marcos Pollon (PL), que chamou a prisão de “estapafúrdia, exclusivamente política e com requintes de crueldade”.

Para ele, não há fundamentos jurídicos na decisão de Moraes, tampouco relatório comprovando violação da tornozeleira eletrônica.

Pollon afirmou que a medida seria “uma decisão premeditada, criada em cima de uma mentira”, e que se trata de “uma tentativa de assassinato de reputação”. Em sua visão, a detenção de Bolsonaro simboliza um ataque ao país e um recado claro de que o cidadão comum “não merece ter esperança”.

 

 

Soares Filho (Redação)



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