MS alerta para risco de canetas irregulares usadas para emagrecimento

A SES voltou a alertar a população sobre o perigo das chamadas canetas emagrecedoras vendidas de forma irregular, muitas delas trazidas clandestinamente pela fronteira. Segundo a Vigilância Sanitária Estadual, esses produtos podem conter impurezas, toxinas ou até bactérias, já que não passam por qualquer controle de qualidade. “Medicamentos sem registro na Anvisa não têm garantia de eficácia ou segurança. É essencial buscar orientação médica e evitar produtos de origem duvidosa”, afirmou o farmacêutico Alexandre Tutes. Denúncias podem ser encaminhadas diretamente à Vigilância Sanitária.

O tema ganha ainda mais importância diante do avanço da obesidade no Estado. Dados do SISVAN mostram que, entre mais de 432 mil pessoas avaliadas, cerca de 72% apresentaram algum grau de excesso de peso. A condição está relacionada a doenças como hipertensão, diabetes e alguns tipos de câncer, sendo uma das principais demandas acompanhadas pela Atenção Primária à Saúde.

Para fortalecer o cuidado, a SES implementa desde 2024 a Linha de Cuidado do Sobrepeso e Obesidade, que organiza ações de prevenção, tratamento e promoção da saúde nos municípios. O documento orienta equipes, integra serviços e busca ampliar o acesso a estratégias capazes de reduzir o avanço da obesidade. O Ministério da Saúde, por sua vez, informa que as canetas injetáveis ainda não foram incorporadas ao SUS devido ao alto custo.

A Secretaria reforça que o enfrentamento da obesidade deve ser baseado em práticas seguras: alimentação adequada, hábitos saudáveis e acompanhamento profissional. A comercialização de medicamentos manipulados, importados sem receita ou divulgados em redes sociais continua proibida e representa risco grave à saúde, incluindo intoxicação e morte.