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Chuva de 20 mm chega ao Pantanal e ajuda a controlar incêndios em MS


Chuva em Corumbá nesta quinta-feira. Foto: Bruno Rezende Por: Soares Filho | 08/08/2024 16:11

O trabalho do Corpo de Bombeiros na quarta-feira (7) foi amplo, dividido em várias localidades. Uma delas foi a região do Salobra, às margens da BR-262 e entre os municípios de Miranda e Corumbá. Ali, atuaram oito equipes de bombeiros de Mato Grosso do Sul, além dos bombeiros do Paraná que auxiliam na Operação Pantanal 2024.

A área onde as chamas eram mais intensas, ao longo de aproximadamente 15 quilômetros, foi onde os trabalhos se concentraram. Com o auxílio da PRF (Polícia Rodoviária Federal), o tráfego de veículos ficou suspenso em ambos os lados da via. Enquanto bombeiros e equipes do Ibama/Prevfogo atuavam para conter as chamas, a rodovia foi tomada por fuligem e fumaça.

"O incêndio florestal no Pantanal sul-mato-grossense atingiu as margens da rodovia. As nossas equipes fizeram a segurança e o combate. Se você precisar trafegar por aqui, muita atenção. Está extremamente perigoso", explica a tenente-coronel Tatiane Inoue, diretora de Proteção Ambiental do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul.

Os ventos fortes na região, acima de 50 km/h, intensificaram a propagação das chamas. A situação climática extrema impossibilitou a atuação das aeronaves no trabalho.

"Para a proteção das pessoas que trafegam na rodovia foi necessário fazer farias interrupções do tráfego. Fizemos o combate direto, com veículos autotanque e com autobomba tanque florestal", comenta o capitão do Corpo de Bombeiros, Hamad Pereira, que coordenava as equipes em solo.

A força do vento, altas temperaturas e a fumaça muito densa dificultaram não só o combate ao fogo, mas também a respiração da população e dos combatentes, além da visibilidade.

Fumaça encobrindo o solo e impedindo identificação de locais com fogo (Foto: Natalia Yahn)

 

 Combate aéreo comprometido

Cada vez mais os incêndios florestais se intensificam diante da situação climática, cenário que deve persistir nos próximos meses. Fora isso, a intensificação dos ventos é um fator negativo também para o combate aéreo, dificultando todo o trabalho considerado crucial para as equipes em terra no enfrentamento às chamas, que avançam com mais força.

"Estamos em um período mais crítico. Os meses de agosto e setembro são de estiagem que, nesse ano, a tendência é bem mais severa, com baixa umidade relativa do ar, altas temperaturas e a velocidade do vento acima de 50 km/h", disse a tenente-coronel.

Inoue completa ainda que além das chamas de atingem a vegetação, a fumaça densa também se torna um elemento de perigo muito grande. "As nossas aeronaves ficam impossibilitadas de efetuar aqueles lançamentos de água nas linhas de fogo, porque a fumaça densa não dá visibilidade para os pilotos. Então, nesse momento, todos os nossos combates estão com a equipe de solo fazendo o combate direto", conclui a oficial sul-mato-grossense.

Comunicação Governo de MS



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