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Rios no MS atingem marca crítica


Com chuvas previstas para outubro, mas abaixo do esperado, atividades econômicas que dependem da navegação devem enfrentar impactos ainda maiores
Rio Paraguai atinge marca crítica e prejudica o transporte hidroviário em MS Por: Soares Filho | 08/09/2024 10:48

Em decorrência de chuvas abaixo da média e seca extrema o nível do Rio Paraguai segue caindo, nesta sexta-feira (6) a régua de Ladário registrou 11 centímetros. Em Assunção, no Paraguai, a marca foi de -77 centímetros, quebrando o recorde histórico nesta região em 121 anos de medição.

Ja o Miranda   ponto de encontro de diversas gerações para pesca, praticamente não tem regiões que possibilitem a navegação, mesmo que com barcos pequenos utilizados por turistas.

Durante a reunião, na última sexta-feira (6), entre o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, representando Mato Grosso do Sul, e especialistas, foram apresentados dados das chuvas e níveis dos rios, assim como previsões para as próximas semanas.

Fazem parte da sala de crise representantes do Centro Nacional de Monitoramento de Alertas e Desastres Naturais (Cemaden), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), do Serviço Geológico do Brasil e do Operador Nacional do Sistema Elétrico.

O cenário é preocupante diante de chuvas abaixo da média e temperaturas elevadas. Conforme destacou o secretário Jaime Verruck, o nível do Rio Paraguai segue caindo. Veja os índices conforme a marcação da régua de Ladário.

TRANSPORTE HIDROVIÁRIO

Por conta da escassez de chuvas desde outubro do ano passado, o rio Paraguai demorou a subir no começo do ano e ficou abaixo de um metro já no final de junho. O nível máximo dois de apenas 1,47, ante 4,24 registrados no ano passado. Em consequência, os volumes transportados pela hidrovia despencaram quase 50% no primeiro semestre do ano. 

Nos primeiros seis meses do ano passado, segundo dados da Agência Nacional de Transporte Aquaviário (Antaq) foram transportadas 4,51 milhões de toneladas pelo Rio Paraguai a partir dos portos em Corumbá e Porto Murtinho. Em igual período deste ano, o volume caiu para 2,28 milhões de toneladas. 

No primeiro semestre do ano passado, as exportações de minério de ferro renderam 368,3 milhões de dólares à economia local. Neste ano, foram apenas 164,6 milhões, conforme dados da Carte de Conjuntura do Comércio Exterior. Parte desta queda no faturamento deve-se à redução nas cotações internacionais do minério, da ordem de 25% neste ano.   

Soares Filho (Redação)



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