Em decorrência de chuvas abaixo da média e seca extrema o nível do Rio Paraguai segue caindo, nesta sexta-feira (6) a régua de Ladário registrou 11 centímetros. Em Assunção, no Paraguai, a marca foi de -77 centímetros, quebrando o recorde histórico nesta região em 121 anos de medição.
Ja o Miranda ponto de encontro de diversas gerações para pesca, praticamente não tem regiões que possibilitem a navegação, mesmo que com barcos pequenos utilizados por turistas.
Durante a reunião, na última sexta-feira (6), entre o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, representando Mato Grosso do Sul, e especialistas, foram apresentados dados das chuvas e níveis dos rios, assim como previsões para as próximas semanas.
Fazem parte da sala de crise representantes do Centro Nacional de Monitoramento de Alertas e Desastres Naturais (Cemaden), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), do Serviço Geológico do Brasil e do Operador Nacional do Sistema Elétrico.
O cenário é preocupante diante de chuvas abaixo da média e temperaturas elevadas. Conforme destacou o secretário Jaime Verruck, o nível do Rio Paraguai segue caindo. Veja os índices conforme a marcação da régua de Ladário.
Por conta da escassez de chuvas desde outubro do ano passado, o rio Paraguai demorou a subir no começo do ano e ficou abaixo de um metro já no final de junho. O nível máximo dois de apenas 1,47, ante 4,24 registrados no ano passado. Em consequência, os volumes transportados pela hidrovia despencaram quase 50% no primeiro semestre do ano.
Nos primeiros seis meses do ano passado, segundo dados da Agência Nacional de Transporte Aquaviário (Antaq) foram transportadas 4,51 milhões de toneladas pelo Rio Paraguai a partir dos portos em Corumbá e Porto Murtinho. Em igual período deste ano, o volume caiu para 2,28 milhões de toneladas.
No primeiro semestre do ano passado, as exportações de minério de ferro renderam 368,3 milhões de dólares à economia local. Neste ano, foram apenas 164,6 milhões, conforme dados da Carte de Conjuntura do Comércio Exterior. Parte desta queda no faturamento deve-se à redução nas cotações internacionais do minério, da ordem de 25% neste ano.
Soares Filho (Redação)