Ana Paula do Nascimento começa o seu dia bem cedo, às 5h da manhã, organizando a rotina das crianças e se preparando para o trabalho na fazenda Pouso Alegre, em Dois Irmãos do Buriti. Ela é responsável pela administração de uma propriedade rural de citricultura, atividade em plena ascensão no Mato Grosso do Sul. Às 7h, inicia o processo de colheita, comandando um grupo de funcionários e diaristas que ajudam na produção, que abastece o comércio de cidades vizinhas, como Dourados e Campo Grande.
Com um grande desafio pela frente, Ana Paula destaca a importância de ser uma mulher à frente da fazenda, algo que nem sempre é fácil no ambiente rural, mas que nunca a impediu de conquistar seu espaço. Ela chegou à fazenda em 2018, começou como diarista e foi ganhando responsabilidades até se tornar a administradora da produção de laranja. Hoje, cuida de toda a produção, mantém o contato com compradores e lidera o processo até que as frutas cheguem ao comércio.
A citricultura tem se expandido no Mato Grosso do Sul, com a previsão de que a produção de laranja cresça ainda mais nos próximos anos. Adriano dos Santos Silva, que trabalha na fazenda há sete anos, também vê o setor com bons olhos. Ele é responsável pela aplicação de defensivos e pela limpeza do pomar, e afirma que o trabalho no campo oferece mais tranquilidade. Ele está animado com a ascensão da citricultura no estado e recomenda a atividade para quem quer investir.
Mato Grosso do Sul vive um “boom” na citricultura, com 15 mil hectares plantados e uma previsão de crescimento para 30 mil hectares. O Estado se tornou um polo atraente para grandes empresas do setor, como a Cutrale e a Citrosuco, que estão investindo na região. O Governo estadual tem incentivado a expansão, investindo em infraestrutura e logística, além de garantir uma legislação rigorosa contra a doença do greening, que afetou pomares em outros países.
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