Na sessão desta quarta-feira (20/08), o presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS), deputado Gerson Claro (PP), apresentou um balanço da missão à Ásia realizada entre 4 e 16 de agosto, ao lado do governador Eduardo Riedel.
A comitiva passou por Índia, Japão e Singapura, onde participaram de agendas com o setor empresarial e instituições chave para atrair investimentos e ampliar laços comerciais.
Destaques da missão
Promoção da diplomacia econômica: Gerson Claro ressaltou que a presença do Legislativo é essencial para construir políticas de desenvolvimento duradouras em parceria com o setor produtivo.
Acordos estratégicos e contatos: Em Singapura, foi firmado um entendimento com a empresa Bracell, além de conversas com investidores interessados em segurança alimentar e energias limpas.
Apresentação do Estado como moderno e conectado: Gerson destacou a estabilidade institucional, o ambiente favorável aos negócios e o potencial do MS em infraestrutura e sustentabilidade.
Valorização da Rota Bioceânica: A comitiva levou à mesa de negociações esse corredor logístico, apontado como capaz de reduzir em até 25% o tempo de entrega entre Ásia e América do Sul.
Exposição internacional: Foram realizadas reuniões com conglomerados como Mahindra, Aditya Birla e Tata (Índia); Sumitomo e Mitsui, além da JICA, no Japão; e encontros com o fundo Temasek, GenZero e outros em Singapura.
Gerson Claro resumiu a viagem com um “sentimento de missão cumprida”, frisando que retornam com maior responsabilidade e foco nos resultados que beneficiam a população.
O parlamentar reforçou que o Legislativo faz parte da soma de um esforço coletivo de Estado para projetar Mato Grosso do Sul no cenário global.
Segundo Gerson, a viagem revelou que Mato Grosso do Sul ainda é pouco conhecido em embaixadas e grandes empresas estrangeiras. “Por isso, levamos material destacando a transição energética, a verticalização da produção, a produtividade da soja, o compromisso com o carbono neutro até 2030 e a segurança alimentar”, afirmou.
O presidente destacou dados apresentados pelo governador, como a redução da área de pecuária de 20 milhões para 16 milhões de hectares em 15 anos, mesmo com o aumento do rebanho e da produção; a produtividade da soja; o baixo índice de desemprego (2,9% desde 2012); e modelos sustentáveis que remuneram boas práticas.
“Apesar de a agenda ter sido construída antes do tarifaço dos Estados Unidos, o tema foi inevitável nas discussões. A imagem vendida do Brasil e de MS ainda é de aftosa, desmatamento e carne de baixa qualidade. Conseguimos desconstruir essa visão e mostrar outra realidade a grandes empresas e embaixadas”, relatou Gerson.
O parlamentar lembrou que aspectos positivos, como a Lei do Pantanal, aprovada pela ALEMS, quase não foram abordados no exterior. “Se houvesse queimadas neste período de seca, a repercussão seria enorme. Mas quando temos chuvas e não há incêndios, nada é mostrado. É autossabotagem”, criticou.
Ao encerrar, Gerson Claro ressaltou que a diplomacia econômica deve estar acima de disputas políticas. “Relacionamento comercial não pode ser ideologia. Precisamos vender para a China, fortalecer os BRICS e, sobretudo, buscar aquilo que melhora a vida da população brasileira”, concluiu.
Folha de Campo Grande